Coveiro não aparece em velório e corpo tem que voltar para casa

Em Pindaré, corpo precisou ir duas vezes ao cemitério para ser enterrado.
Prefeitura afirmou que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.

 
A família de um rapaz que morreu afogado no domingo, em Pindaré Mirim, passou por uma situação, no mínimo, desumana. Além da dor de perder um parente, eles só conseguiram enterrar o corpo do rapaz depois de ir duas vezes ao cemitério.
O corpo de Anderson de Lima Silva foi encontrado no Rio Pindaré, no fim da tarde de segunda-feira (5). Por conta das condições do corpo, há pelo menos duas versões para a morte do rapaz: afogamento, após se chocar com uma balsa enquanto estava nadando, ou assassinato.
“Eu ouvi falar que ele poderia ter sido assassinado e jogado no rio, mas não tenho certeza”, disse a mãe, Raimunda de Lima Silva.
Por estar em avançado estado de decomposição, o corpo foi levado ainda na noite de segunda-feira para ser enterrado no cemitério do município, mas o enterro não aconteceu. O caixão com o corpo da vítima foi levado para o local por volta das 20h e colocado em cima de um túmulo, à espera do coveiro para enterrar. Como ele não apareceu, a família teve que levar o corpo para casa.
Por causa do mau cheiro, o corpo teve que ser velado do lado de fora da casa. Uma situação constrangedora para a família. “O corpo ficou aqui até o dia nascer”, conta a avó da vítima, Benedita de Lima Silva.
O corpo só foi enterrado por volta das 6h30. Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Pindaré Mirim, será aberta uma sindicância para apurar o caso.
G1

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