Antropólogo fala sobre ações do Centro de Cultura Negra no Maranhão


Semana do Negro quer conscientizar população contra o racismo.
Antropólogo diz que movimento faz resgate para positivar sua história.


Há 125 anos, era assinada a Lei Áurea, que determinava a liberdade para os negros no Brasil, mas, mais de um século depois após a abolição, a vida dos brasileiros afrodescendentes continua difícil.
Em São Luís, o Centro de Cultura Negra do Maranhão, que existe há 33 anos, vem desenvolvendo ações de valorização da cultura afrobrasileira.
O antropólogo e integrante do Centro de Cultura Negra do Maranhão, Aniseto Cantanhede, falou sobre o asunto. "O CCN tem desenvolvido o que a gente tem chamado de Semana do Negro. Inicialmente foi para constestar a comemoração do 13 de maio e reforçar a luta e as dificuldades que o racismo impõe à comunidade negra. Temos uma semana especificamente nesse período. Esse ano, estamos fazendo novamente com palestras em escolas, atividades de cinema para adolescentes e crianças e curso de civilização e história africana", disse.
"O CNN desenvolve atividades de apoio a comunidades quilombolas já há muitos anos, desde praticamente sua fundação, inclusive possibilitando a organização do movimento no Brasil. Além disso, o trabalho com crianças e adolescentes na própria sede do centro, que fica no bairro do João Paulo. No Maranhão, em 79, ninguém queria ser negro. Ser negro era sinônimo de ser discriminado, mas a consciência negra é estimulada, é articulada a partir do resgate que o movimento negro faz na positivação dessa história", explicou.

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