Comissão recebe denúncia que PM bombardeou residências na Vila Embratel

As Comissões de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e da Ordem dos Advogados do Brasil, ao lado do representante da Defensoria Pública, Adriano Damasceno, receberam na sede o Poder Legislativo moradores da Vila Embratel que fizeram inúmeras denúncias sobre a atuação da Polícia Militar durante as manifestações ocorridas na segunda-feira naquele bairro.
O presidente da CDDH da OAB, Antônio Pedrosa, a presidente da CDDH da Assembléia Legislativa, deputada Eliziane Gama confirmaram com os depoimentos que helicópteros da PM dispararam bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra residências e ruas da Vila Embratel.
O motorista José Ferreira Lima informou que a manifestação ocorria normalmente até a chegada da tropa de choque quando manifestantes começaram a atirar pedras contra a polícia que revidou as agressões. Depois disso um helicóptero atirou as bombas que, inclusive, destruíram parte do telhado da casa do motorista.
Também o borracheiro Antônio Pereira Barros, residente na Avenida dos Portugueses, na Vila Embratel, foi vítima do bombardeio da PM e afirmou que pedaços de telhas de sua casa ainda estão espalhados por todo o local.
O PM paulista Nilson Campos, que se encontra de férias em São Luís, contou que bombas caíram nas imediações e em cima das casas. Ele foi preso e algemado e apanhou mesmo depois de se identificar. Um policial ameaçou descarregar a arma em seu peito.
Jovens que foram presos na ocasião tiveram a fiança arbitrada em cinco salários mínimos, valor considerado absurdo à luz da legislação, pelo representante da Defensoria Pública, Adriano Damasceno.
Um dos jovens exibiu para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB a boca quebrada pela cotovelada de um policial. “Eles me bateram muito, me mandaram ajoelhar e atiraram em mim mesmo depois de ajoelhado”, afirmou.
Agência: Assembléia

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