Sejap garante ações de ressocialização aos presos da UPR de Bacabal

                                                                                                          Foto J. Roberto
Ribamar Campos Diretor do Presidio de Bacabal
A Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) da cidade de Bacabal, município distante 240 km de São Luís, tem garantido ações de reintegração social aos 106 presos daquele estabelecimento carcerário. As ações, realizadas à luz da dignidade humana, são furtos de parceria entre a Secretaria de Estado da Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap) e órgãos estaduais e municipais. Entre as ações, a unidade oferta todas as assistências previstas na Lei de Execução Penal (LEP).

Com áreas amplas e arejadas, a unidade carcerária conta com 106 detentos. Deste total, apenas 17 são sentenciados. Resultado de parceria com a Defensoria Pública Estadual (DPE), tanto os sentenciados quanto os 89 provisórios, recebem semanalmente atendimento jurídico. Além dos advogados da própria Sejap que já atuam na questão processual dos internos, estes ainda contam com mais dois defensores. Um dos direitos fundamentais da pessoa privada de liberdade, a assistência jurídica é instrumento que possibilita aos apenados saberem, por exemplo, quanto tempo ainda falta para que eles sejam postos em liberdade ou recebam benefícios, tais como a progressão de regime.
                                                                                                             
                                                                                                                                                  Foto J. Roberto


O diretor da UPR de Bacabal, José de Ribamar Campos, contou que todos os internos da unidade são da comarca deste município, algo que facilita e muito que eles sejam devidamente atendidos no âmbito da assistência jurídica. "Isso facilita muito todo o acompanhamento, a questão das saídas temporárias, progressões de regime, sem falar que o interno está cumprindo pena próximo de familiares o que acaba contribuindo para um serviço jurídico mais eficaz porque o familiar cobra do juiz da Vara, do advogado”, afirmou o diretor.     

Hoje outra assistência que tem sido constante é a saúde. Proveniente de parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a UPR de Bacabal conta diariamente com duas funcionárias deste setor, uma enfermeira e a auxiliar de enfermagem. Além disso, serviços odontológicos e farmacêuticos também são comuns. Duas vezes por semana um clinico geral realiza atendimentos médicos na unidade. O diretor administrativo da UPR de Bacabal, Wagner Cutrim, falou que a unidade, em um pouco mais de um ano de existência, tem buscado garantir ações que promovessem a dignidade humana. “Nós queremos que quando esses internos saírem daqui eles possam estar prontos para o convívio em sociedade. A direção do local tem buscado promover ações com esse fim, onde a sociedade é que sai ganhando”, destacou.

                                                                                                               Foto J. Roberto


No intuito de beneficiar não somente o interno, mas o familiar dele, a unidade também tem uma parceria muito forte com a Secretaria Municipal de Assistência Social. Através desta parceria, a unidade sempre oferta cestas básicas à família do detento em datas comemorativas, tais como o Dia da Mãe, Natal e outras. A iniciativa visa ajudar os familiares que, muitas das vezes, passa por dificuldades financeiras. “Sabemos que o detento não pode prover a família com alimentação, então resolvemos, por meio dessa parceria, da essa força a eles”, disse Cutrim.

Horta
No âmbito dos trabalhos realizados dentro da unidade carcerária há um ambiente amplo onde funciona uma horta cultivada pelos próprios detentos. Couve, alface, cebolinha, tomate e salsinha são alguns dos alimentos ali cultivados.

Fruto de parceria entre a Agerp (Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão) e o Ministério Público, esse projeto tem um papel importante no desenvolvimento profissional do detento, pois, além de serem consumidos pelos próprios detentos e servidores do estabelecimento prisional, os alimentos também são vendidos por um preço mais acessível. “Eles estão aprendendo um oficio. Hoje todos os presos sentenciados participam deste trabalho que tem trazendo bons resultados no processo de ressocialização”, pontuou Campos.   


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