SEMUSC E UEMA ASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA

                                                                       Foto: J. Roberto / Ascom - Semusc
Escrito por: Almeida Pontes

A Prefeitura de São Luís, através da Superintendência de Defesa Civil (SUDEC), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (SEMUSC), e o Núcleo Geoambiental (NUGEO), da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), se reuniram, na manhã de quarta-feira (18), acertando detalhes para deflagração do Acordo de Cooperação Técnica, que visa à colaboração entre si visando promover estudos, e implantação de um Projeto Piloto Sistema de Alerta para as áreas de risco no município de São Luís (MA), através da troca de experiências e da geração de conhecimentos técnico-científicos relativos às áreas de interesse comum.


O Secretário Breno Galdino, da SEMUSC, observa que o presente instrumento visa a  realização de estudos, pesquisas e esforços conjuntos, que possam gerar informações e dados técnico-científicos sobre as áreas de riscos frente à ocupação humana no município de São Luís (MA), apontando, quando for o caso, soluções para subsidiar diretrizes de políticas públicas voltadas para a segurança e o bem-estar social das populações. 


“O Acordo de Cooperação Técnica com a UEMA é um dos convênios mais proveitosos que realizamos nesse primeiro ano à frente da SEMUSC. Ele vai trazer um pouco desse conhecimento acadêmico e o estudo para ajudar a Defesa Civil Municipal desempenhar melhor suas atividades diárias.


 Ou seja, poder fazer avaliações de clima, de solo, de todos esses fatores meteorológicos, biológicos-ambientais na produção do laudo. E na concepção de soluções para os problemas que geram desastres hoje nas comunidades é importante ter esse embasamento, ter esse conteúdo técnico. Não basta só a gente ter à frente uma equipe disposta e pronta para resolver os problemas, se não tivermos aquele embasamento técnico-científico para solucionar problemas. 

E essa parceria com o Núcleo Geoambiental (NUGEO), da UEMA, vai nos fortalecer e engrandecer cada vez mais a Defesa Civil de Municipal no atendimento à comunidade”, garante.

                                                                     Foto: J. Roberto / Ascom - Semusc


RESPONSABILIDADES – O Acordo de Cooperação Técnica, já publicado no Diário Oficial do Município, vai vigorar por três anos, podendo ser prorrogado, em comum acordo entre os partícipes, por meio de Termo Aditivo, mediante comunicação escrita, com antecedência mínima de trinta dias. O Acordo não implica na transferência de recursos entre os partícipes. Cada partícipe assumirá as responsabilidades relativas aos gastos e conforme suas respectivas obrigações.


Para operacionalização do presente Acordo de Cooperação Técnica cabe à UEMA, a execução das atividades previstas em Plano de Trabalho específico, com o objetivo precípuo de assessorar a SEMUSC em questões relativas às áreas de interesse comum dos partícipes. 


À Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania caberá a coordenação, acompanhamento e implementação das ações decorrentes dos estudos e pesquisas resultantes deste Acordo de Cooperação Técnica; e o compartilhamento com a UEMA dos resultados decorrentes deste instrumento, visando dar sua contribuição na elaboração de políticas públicas a médio e longo prazo e a avaliação dos impactos sociais e ambientais de programas de governo voltados para as áreas de risco.


PARCERIA - Gunter de Azevedo Reschke, chefe do Laboratório de Meteorologia (LabMet), da Universidade Estadual do Maranhão, explica que o Acordo de Cooperação Técnica é fruto de parceria entre a SEMUSC e a UEMA, através do Núcleo Geoambiental. “Vamos trabalhar algumas linhas em parceria com a Defesa Civil Municipal. Como por exemplo, fazer um Projeto Piloto para um Sistema de Monitoramento de Desastres e Alertas de Desastres Naturais. Ou seja, a Meteorologia ficaria responsável pelo preparo dos dados meteorológicos, transmissão e aviso aos municípios com relação à quantidade de chuvas, expectativas e previsão de futuras chuvas, principalmente para as áreas de riscos, já catalogadas pela Defesa Civil Municipal”.


Outros tipos de alerta podem ser catalogados pela Defesa Civil de São Luís, como, por exemplo, a falta de chuvas. Devido à alta temperatura e ventos fortes, podem ocorrer queimadas em áreas de vegetação na própria Capital maranhense – que conta com 56 pontos de risco -, e as chamas se alastrarem com mais intensidade, principalmente nesta época do ano. 


“Um aspecto importante deve ser levado em conta: não trabalhar apenas com a informação de chuvas, excesso de chuvas, chuvas abundantes. Mas também por falta delas. Do ponto de vista da sociedade, catástrofe não ocorre apenas por excesso de chuva, também pode ocorrer por falta dela”, observa Gunter de Azedo. E alerta para o alto índice de queimadas que podem se espalhar seus focos, especialmente nesta época do ano, devido ao alto índice de radiação, alta temperatura e grande quantidade, velocidade e intensidade de ventos, principalmente daqui até novembro.


PLANO DE AÇÃO – Para o chefe do LabMet, é importante colocar um Plano de ação nos próximos três anos de atuação, já que a Universidade Estadual do Maranhão – através do Núcleo Geoambiental (NUGEO) nas áreas de Geoprocessamento, Meteorologia e Recursos Hídricos – deflagrará, em parceria com a Defesa Civil Municipal, as linhas de Ações que ela executa dentro do Município de São Luís. 


“Convém lembrar que de janeiro a junho de 2014 iremos passar por um outro período invernoso. Será que vai ser mais chuvoso do que o biênio 2012-2013, será acima da média meteorológica. Somente teremos essa informação a partir de novembro vindouro, através da 1ª Reunião de Análise e Previsão de Consensos Climáticos para o setor Norte e Nordeste Brasileiro, que acontecerá em São Luís, com a participação oficial da Defesa Civil Municipal, para elaborar um Plano de Ação, uma previsão climática para os meses de dezembro de 2013 e janeiro e fevereiro de 2014. E a partir daí, já se começa a elaborar um Plano de Ação com a informação precisa.  


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