Sindicato dos Rodoviários e PM polemizam sobre policiamento na Vila Itamar

Dorival Silva e Franklin Pachêco Sindicato e Comandante da Pm

Fonte: JP
A questão relacionada à segurança dentro dos ônibus de São Luís está gerando polêmica entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (STTREMA) e o Comando Geral da Polícia Militar. 

 O desentendimento teve início após os motoristas e cobradores da linha Vila Itamar não terem saído da garagem, na manhã de ontem (18), no horário estabelecido (5h15), circulando apenas duas horas depois, devido aos constantes assaltos nos coletivos.

 Às 11h, os ônibus da Vila Itamar voltaram a parar, enquanto diretores do STTREMA e líderes comunitários se reuniam com representantes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), do Sindicato das Empresas de Transporte (SET). 

A paralisação prolongou-se durante toda a tarde e deve se estender hoje (19), caso um policiamento ostensivo não seja implantado na área.

O presidente do Sindicato, Dorival Silva Sousa, disse ontem, ao Jornal Pequeno e à Rádio Mirante AM, que o comandante geral da PM, coronel Franklin Pachêco, não cumpriu um acordo de enviar viaturas para a realização do policiamento ostensivo naquela região da BR-135.

De acordo com o sindicalista, o número de assaltos a ônibus, sobretudo na Avenida Principal e no ponto final, é quase diário.

Por isso, segundo Dorival, há cerca de duas semanas, Pechêco prometeu enviar duas viaturas ao bairro, a fim de que fossem realizadas rondas constantes pelo local.

No entanto, disse Dorival, nada foi feito, e os criminosos continuam tendo bastante liberdade para cometerem os delitos. “Ele [coronel Franklin Pachêco] alega que está prendendo os bandidos, mas os fatos provam o contrário. 

Se a Justiça solta, então a Polícia Militar tem que colocar os marginais na cadeia novamente”, afirmou Dorival Silva.

Já o coronel Franklin Pachêco, ao ouvir as críticas do sindicalista no rádio, ligou para a emissora e as rebateu, garantindo que a PM já prendeu alguns suspeitos, inclusive em flagrante, encaminhando-os aos distritos policiais (DPs) correspondentes, para devidas providências legais por parte da Polícia Civil.

Segundo Pachêco, as viaturas realizam constantes ações de patrulhamento não somente na Vila Itamar, como também na própria BR-135, a fim de intimidar e identificar os assaltantes.

“Nós até enviamos um ofício à Polícia Rodoviária Federal (PRF), objetivando a ajuda destes profissionais no combate a esse tipo de crime”, afirmou Pachêco.

INSEGURANÇA – De acordo com informações do Sindicato dos Rodoviários, sete ônibus circulam na Vila Itamar. 

A empresa Menino Jesus de Praga é a responsável pela linha, sendo que o primeiro veículo sai da garagem, localizada no Jardim São Cristóvão, às 5h15, e o último é recolhido à meia-noite.

Em São Luís, cerca de 23 empresas de ônibus operam nas ruas, onde mais de 1.000  coletivos circulam, diariamente, Na Grande Ilha, do início de setembro até o dia 11, já ocorreram perto de 20 assaltos, segundo o Sindicato dos Rodoviários. Do início do ano até agora, o número é de cerca de 450.

Dorival Silva lembrou que, por volta das 16h do domingo (15), o motorista e o cobrador da linha Vila Itamar passaram minutos de tensão e terror no ponto final da linha, quando cinco criminosos anunciaram um assalto, depois de descerem de um Chevrolet Kadett, de cor preta.

Na ocasião, os homens ameaçaram esfaquear a cobradora, que estava muito nervosa e apreensiva, caso ela gritasse. “Eles levaram até o copo de café e o pão que os profissionais estavam lanchando, no momento do crime”, disse Dorival.

Coletivos que circulam por outras regiões da BR-135, como Maracanã, Estiva, Vila Sarney e Tibiri, também poderiam aderir ao movimento, caso a paralisação prossiga hoje.

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