Sejap realiza ciclo de palestras no Presídio Feminino

                                         Foto: J. Roberto / Ascom-Sejap


De Alan Jorge

A Secretaria de Estado da Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap), em parceria com a Secretaria Estadual da Mulher (Semu) e o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), realizou, na tarde de sexta-feira, (28), um ciclo de palestras destinadas às internas do Presídio Feminino, um dos prédios anexos ao complexo penitenciário de Pedrinhas. 

Na ocasião, temas importantes como a Lei Maria da Penha, cuidado integral a saúde da mulher e atenção à família foram ministrados pelos palestrantes. A iniciativa, que faz parte do planejamento estratégico da Sejap, é voltada não somente para as mulheres em situação de prisão, mas também às mulheres dos apenados.

Pensada para ser uma ação continuada, a iniciativa ocorre desde janeiro. O secretário adjunto de Justiça, Kécio Rabelo falou que a proposta visa a formação cultural e reintegração social das internas. Além disso, a iniciativa contribui para o fim da ociosidade no cárcere. "Desde janeiro é que nós promovemos ações nesse sentido, buscando garantir ações de reinserção social a estas internas", afirmou Rabelo.

A coordenadora estadual de combate à violência doméstica e familiar, desembargadora Ângela Salazar, falou das políticas traçadas para combater a violência contra mulher. De acordo com ela, projetos com intuito de disseminar a Lei Maria da Penha nas escolas e presídios estão sendo devidamente efetivados. "No sistema penitenciário estamos implementando palestras e fazendo um projeto para que, quando elas saírem daqui, possam voltar a ser inseridas na sociedade", lembrou a desembargadora.

Promotora de Defesa da Mulher, Selma Regina Martins explicou quais foram os principais pontos colocados em pauta por ela. Para Martins, é extremamente importante esclarecer as internas sobre os tipos de violência que as mesmas podem sofrer. Selma lembrou que além do abuso físico, a mulher pode ser vitima da violência psicológica, moral, patrimonial e sexual. "É necessário que elas venham se conscientizar sobre cada uma dessas situações que, muitas delas, já viveram", pontuou.

A supervisora da unidade feminina, Ana Sílvia disse que ações como essas são bastante importantes para o estabelecimento penal. Segundo ela, essas iniciativas proporcionam uma melhora significativa para as internas. "A educação é um dos pilares básicos da sociedade e no presídio não é diferente. E ações como essas promovem educação", comentou.

Interna do presídio feminino, Raquel Melo, 33, falou como essas ações são muito gratificantes para as internas. "É bom saber que tem alguém lá fora que se preocupa com agente. Todas nós temos aprendido bastante e tudo isso tem sido muito gratificante", finalizou.

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