Polícia Civil prende suspeito de duplo homicídio em Urbano Santos

Policiais Civis lotados na Delegacia de Homicídios, sob o comando do delegado Guilherme Sousa Filho, cumpriram um mandado de prisão temporária, na última quinta-feira (8), na cidade de Urbano Santos, em desfavor de Valdir Pereira Júnior, de 19 anos.
A ordem judicial foi expedida pela juíza Kátia Coelho Dias da 3ª Vara do Tribunal do Júri da capital, em decorrência do duplo homicídio ocorrido em São Luís no mês de dezembro de 2013.
Investigações da Delegacia de Homicídios apontaram que Valdir, em companhia de um comparsa, teria assassinado o policial militar reformado Carlos Magno Sousa Pereira, 49 anos, e a esposa dele, Rosângela Coqueiro Coutinho Pereira, 48 anos, crime ocorrido no dia 22 de dezembro de 2013, por volta das 20h em bar, na Rua São José, no Cruzeiro do Anil. O fato foi motivado por vingança.
O delegado Guilherme Sousa Filho informou que existia uma animosidade entre a vítima e o autor do homicídio, que teve início há três anos, quando o cunhado de Valdir, identificado como “Chegado”, roubou o celular do filho do policial reformado. Na ocasião, Carlos Magno foi à casa de Valdir e acabou o agredindo por não ter encontrado “Chegado”. Desde então, ambos começaram a ameaçar um ao outro de morte.
Em depoimento à polícia, Valdir declarou que havia comprado a arma usada no crime, uma pistola 380, quatro dias antes de cometer o delito, pela quantia de R$ 3 mil, da mão de um contrabandista, não identificado. A aquisição teria sido exclusivamente para matar Carlos Magno. Depois do duplo homicídio, ele informou que vendeu a arma no interior.
Valdir efetuou 15 disparos contra as vítimas. Carlos Magno foi atingido na cabeça e nas costas e sua esposa foi baleada no tórax. Em seguida, o suspeito foi ao encontro do comparsa que estava o esperando a duas quadras do local do crime, em uma motocicleta.
Após a ação criminosa, o suspeito empreendeu fuga para a cidade de Urbano Santos, onde passou a usar o nome de Josian Silva Costa. De acordo com informações repassadas pelo delegado Márcio de Moraes, titular da Delegacia de Urbano Santos, Valdir foi preso no mês de fevereiro por tráfico de drogas, usando o nome falso.

A prisão
A Delegacia de Homicídios recebeu uma informação de que o homem que foi preso em Urbano Santos seria o suspeito de matar o policial e a esposa na capital maranhense. A delegacia do município cruzou informações com a Delegacia de Homicídios e constatou a veracidade dos informes.
Valdir Pereira Júnior que estava detido na delegacia de Urbanos Santos, pelo crime de tráfico, foi recambiado ao Centro de Triagem de Pedrinhas, em São Luís. Levantamentos da Polícia Judiciária descobriram que quando ainda era menor, ele cometeu vários atos infracionais correspondentes aos crimes de roubos e furtos. Ele também vai ser indiciado pelo crime de falsidade ideológica na Comarca de Urbano Santos.

Investigações
O delegado Guilherme informou que há indícios, nos autos do inquérito, baseados em depoimentos de testemunhas, da participação de um sargento da Polícia Militar como mandante do crime. O delegado relatou que no mês de junho de 2013, Carlos Magno teria discutido com o policial militar em uma festa junina no Bairro da Cohab, por motivos banais.
Na ocasião, o sargento teria dado uma coronhada na esposa de Carlos Magno. Com raiva, o policial reformado foi atrás do sargento, mas não o encontrou. Então, acabou efetuando disparos de arma de fogo em frente à casa da mãe do policial, na Cohab.
A ação resultou na prisão de Carlos Magno, que ficou detido até meados do mês de novembro. Um mês depois, ele foi executado. “Foi instaurado um processo administrativo contra o sargento, para apurar o envolvimento dele na morte do policial reformado”, declarou o delegado Guilherme.
A irmã do sargento, identificada apenas como “Índia”, e o ex-marido dela, “Zé Comprido”, também são apontados como mandantes do homicídio.  “Zé Comprido”, de acordo com a investigação, teria repassado a arma para Valdir.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios, vai dar continuidade aos trabalhos a fim de concluir o inquérito.

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