Polícia Civil prende suspeito de matar bebê de 7 meses em Balsas

Equipes da Polícia Civil da 11ª Delegacia Regional de Balsas prenderam na quarta-feira (6), Luís Alberto de Sousa Borges, de 20 anos, acusado de matar Daniel Borges da Conceição Vieira, de apenas sete meses. O crime ocorreu no Povoado Gado Brabim, zona rural de Balsas, a 817 km de São Luís.
Segundo informações do delegado regional, Eduardo Galvão, a vítima era enteada do acusado e foi levada na manhã de ontem ao Hospital Balsas Urgente, aonde já chegou sem vida. Ainda segundo o delegado, a princípio suspeitava-se de homicídio culposo, pois segundo relatos do próprio acusado, ele conduzia a criança em um carrinho apoiado apenas em duas rodas, como se transporta um carrinho de mão, sem olhar para a criança, tendo, a mesma, caído durante o trajeto e machucado a cabeça. Após a queda o acusado teria se dirigido até a mãe da criança e entregue o mesmo praticamente sem vida, onde segundo ele, ainda teria dado um último suspiro.
Luis Alberto disse, ainda, em seu interrogatório que teria tentado “ressucitar” a criança, fazendo massagens cardíacas sobre uma tábua, mas sem sucesso. A Polícia Civil solicitou ao Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz que fosse feito o exame cadavérico para apontar a causa morte, o que ficou constatado que o bebê não apresentava lesões externas.
A versão apresentada por Luís Alberto levantou suspeitas a partir de alguns pontos que foram contestados com base no laudo médico. Segundo o laudo, Daniel morreu em virtude de lesões de fortes traumas sofridos nos órgãos internos. “O laudo comprovou que Daniel apresentava sérias lesões no fígado e demais órgãos e que as mesmas não teriam sido causadas por uma queda, mas provavelmente por sequências de agressões”, detalhou o delegado Eduardo.
Outro fato que chamou a atenção da autoridade policial, é que o médico disse que o corpo havia sido lavado antes de ser encaminhado ao IML, tendo a mãe da criança, dito que na realidade o corpo havia sido limpo, mas não havia chegado a ser lavado pelo acusado.
Ainda nas investigações, a Polícia Civil descobriu que no dia 24 do mês passado, Daniel passou por um procedimento cirúrgico no braço esquerdo, que segundo depoimento do acusado, teria sido causado por uma queda de rede. O bebê teria chegado ao hospital com dois ossos do referido braço, quebrados, após oito dias do trauma, sem receber, durante esse período, cuidados médicos.
 “Segundo o médico legista, os traumas encontrados no braço da criança também não eram compatíveis com a da queda de uma rede”, ressaltou Eduardo Galvão.
A mãe de Daniel também compareceu à Delegacia e contou ao delegado que nos momentos que a criança aparecia com lesões, ela não estava presente, sendo feito apenas os procedimentos cirúrgicos, como no caso da suposta queda da rede. “A mãe afirmou em depoimento que quem encontrou a criança lesionada, nessa ocasião, teria sido o padrasto”, contou o delegado.
Luís Alberto foi autuado em flagrante pelo delegado Roosevelt Kenedy Monteiro, titular do 1º Distrito Policial de Balsas, pelo crime de homicídio qualificado, praticado contra infante. O delegado ainda reforçou que o acusado é reincidente criminal, por porte ilegal de arma de fogo. Ele foi levado para a Unidade Prisional de Balsas, onde ficará à disposição da Justiça.

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