Polícia Civil prende suspeito de aliciar mulheres em Barra do Corda com promessas de emprego no exterior

Investigadores da Polícia Civil lotados na 16ª Delegacia Regional em Barra do Corda efetuaram, a prisão de um homem suspeito de aliciar mulheres naquela cidade. Segundo a polícia, Cristiano da Cruz Pereira, de 31 anos, natural de Brasília, estaria na cidade recrutando mulheres para levar para um país da Ásia. Ele foi preso por volta da meia-noite desta terça-feira (6),
O delegado Felipe Freitas, titular do 2º DP de Barra do Corda, contou que uma ligação anônima originada de Brasília, na tarde da última segunda-feira (5), informou que um homem estaria no município de Barra do Corda aliciando mulheres para levar ao exterior com propostas de salários levados. Segundo a denúncia, o suspeito era Clysfynan Mahamed.
O delegado Felipe contou ainda que o denunciante indicou o endereço onde o suspeito estaria hospedado. O local seria um hotel no bairro Trizidela.
 De posse das informações, o delegado determinou que uma equipe da Polícia Civil fosse até o local indicado na denúncia. Ao chegar ao hotel, os investigadores confirmaram com a recepção do estabelecimento que havia o registro de um homem identificado como  Clysfynan Mahamed, mas ele não estava no momento.
Os investigadores montaram campana no local. Por volta das 23h30, eles suspeitaram de uma mulher que saiu rapidamente do hotel e seguiu em uma motocicleta preta, sozinha. Desconfiados do comportamento da mulher, os policiais civis decidiram segui-la.
Durante o percurso os investigadores abordaram a mulher, que informou que havia ido ao hotel pegar uma bolsa para o namorado que estava com ela em sua residência. Eles foram até o imóvel e o encontraram em frente à casa.
O delegado disse que o suspeito havia desconfiado que a polícia estivesse no encalço dele. “Ele já tinha enviado uma mensagem para a namorada dizendo que iria embora sem os documentos que estavam na bolsa, porque ela estava demorando muito. Quando os policiais abriram a bolsa, encontraram várias cópias de documentos da namorada e de familiares dela, entre eles, cartões de crédito, além de uma cédula falsa de identidade”, contou o delegado Felipe Freitas.
A mulher informou que iria viajar com o suspeito ainda esta semana para o Rio Grande do Sul e, em agosto, embarcaria com ele para Arábia Saudita, onde se passaria por sua esposa. O delegado lembrou ainda que suspeito pediu que ela arrumasse mais duas mulheres para os acompanharem durante a viagem. O primo da mulher já estava se articulando para viajar com o casal, ainda de acordo com o delegado que lavrou o flagrante.
O titular do 1º DP de Barra do Corda lembrou ainda que o suspeito estava há um mês na cidade, mas já tinha ido outras vezes ao município. A polícia descobriu que a mulher havia conhecido o suspeito no mês de janeiro deste ano, em um restaurante da cidade, onde ela trabalhava. Desde então os dois se comunicavam por meio de mensagens através de redes sociais.
No distrito policial, ele declarou que se chamava Cristiano da Cruz Pereira, natural de Brasília, mas não apresentou nenhuma documentação e que havia dado o nome de Clysfynan Mahamed. A Polícia ainda investiga a veracidade das informações prestadas pelo suspeito. Ele foi autuado em flagrante delito pelos crimes de uso de documentos falsos e falsa identidade.
O procedimento foi lavrado pelo delegado Felipe Freitas. O suspeito vai permanecer custodiado na delegacia regional de Barra do Corda. O delegado informou que três pessoas já ligaram a para a delegacia informando que foram vítimas do suspeito. Elas devem comparecer ainda nesta terça-feira (06) ao distrito policial para explicar como sofreram o golpe.
O delegado Felipe informou que a própria mãe da atual namorada foi vítima de Cristiano. O suspeito teria dito para a genitora de sua namorada que iria revender uma Frontier  pelo valor de R$ 90 mil. “A senhora chegou a pagar da R$ 10 mil pelo veículo, mas nunca recebeu o carro. Ele sempre dava um novo prazo para entregar o carro e ela acreditava”, lembrou o delegado.
As investigações vão prosseguir a fim de identificar a participação de outras pessoas no golpe. O inquérito, posteriormente, será encaminhado à Polícia Federal, que deve investigar a denúncia de tráfico de mulheres.

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