Polícia do Maranhão já mandou 10 quadrilhas de assaltantes de bancos para a cadeia este ano

Os bandos são originários do Maranhão e de outros estados e o arsenal encontrado com os bandidos inclui fuzis AK 47, escopetas, metralhadora 9mm, carabinas, pistolas .40, revólveres e até uma metralhadora antiaérea.
Entre os anos de 2013 e 2014 desenvolveu-se no Brasil uma modalidade de crime que ficou conhecida no Nordeste como “novo cangaço”: a explosão de caixas eletrônicos em pequenas cidades do interior, substituindo assaltos a carros fortes e ataques diretos a instituições financeiras. No Maranhão, apenas nos três primeiros meses do ano de 2014, 21 crimes desse tipo já haviam sido cometidos e o Sindicato dos Bancários, revelando sérias preocupações com seus afiliados, registrou 38 atentados contra instituições financeiras no Estado nos seis primeiros meses daquele ano. O número já superava todo o ano de 2013 quando o Sindicato registrou 33 atentados de quadrilhas especializadas contra agências bancárias no interior do Maranhão.
A migração dessas quadrilhas para os arrombamentos e explosões de caixas eletrônicos e agências bancárias, se estendeu ao ano de 2015. Em virtude disso, o Departamento de Combate a Crimes Contra Instituições Financeiras (Decrif), ligado à Seic, precisou adotar novas estratégias contra os assaltantes de bancos, o que culminou na desarticulação e prisão de diversos bandos no Estado.Somente nas duas últimas semanas, a Superintendência Estadual de Combate ao Crime (Seic) e o Decrif prenderam três quadrilhas, sendo uma em Teresina e duas no interior do Maranhão. Na última quinta-feira foi preso um grupo de assaltantes especializado em assaltos aos Correios. No dia seguinte, sexta-feira (6), bandidos explodiram a agência do Banco Bradesco de Bom Jesus das Selvas, mas surpreendidos pela ação rápida da polícia, fugiram sem levar nada, abandonando um fuzil 762, munição, bananas de dinamite e o veículo usado na tentativa de assalto.
Quadrilhas desarticuladas pela polícia
No segundo semestre deste ano, diversas quadrilhas de assaltantes de bancos foram desarticuladas e presos os seus membros. O titular do Decrif, delegado Luís Jorge informou que os bandos que agem nos municípios maranhenses não são originários exclusivamente do Maranhão, mas também de Teresina, Araguaína, Pará e Piauí.
No mês de junho dois grupos envolvidos com assaltos a agências do Banco do Brasil foram presos em Santo Antônio dos Lopes e outros dois em Barra do Corda e Itaipava do Grajau onde houve tiroteio e dois assaltantes morreram. No mês de julho foi desarticulado e preso em Pedreiras o grupo chefiado por Evânio Conceição dos Santos que agia na região do Médio Mearim.
No final de setembro, a Polícia Civil, em operação que também envolveu a Polícia Rodoviária Federal e a Diretoria de Inteligência e Serviços Estratégicos, desbaratou uma das mais perigosas quadrilhas de assaltantes de bancos do Maranhão, chefiada por Jhon Lennon, bandido que morreu em confronto com a polícia junto com os comparsas Diego Saboia, o “Cabeça” e “Ferramenta”. Eles estavam na posse de uma metralhadora antiaérea usada por criminosos contra carros blindados.  IMG_6731[1]
O fulminante arsenal nas mãos dos bandidos
Essas operações retiraram das mãos da criminalidade um verdadeiro arsenal constante  de fuzis AK 47, 556, 765, escopetas, uma metralhadora 9mm, pistolas .40, revólveres calibre 38, centenas de kg de munição, bananas de dinamite, maçaricos e coletes balísticos.
Entre as estratégias para chegar a essas  quadrilhas, a polícia realiza ação de reconhecimento junto a empresas que trabalham com explosivos. Segundo o titular da Decrif, delegado Luís Jorge, pedreiras e fábricas de cimento tem sido alvos de assaltantes de bancos em busca de explosivos.

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